segunda-feira, 27 de julho de 2015

8º CONCURSO DE FOTOGRAFIA DOS ESCOTEIROS DO BRASIL



O 8º Concurso de Fotografia dos Escoteiros do Brasil acontece com o tema “Movidos Pelo Escotismo”. Escoteiros que sejam fotógrafos amadores ou profissionais são convidados a participar do concurso, que tem como objetivo estimular, reconhecer e divulgar os talentos que encontram no Movimento Escoteiro sua inspiração.

Ressaltamos que as categorias de inscrição se referem ao associado participante, independente do Ramo fotografado. A participação no Concurso é individual, dentro das seguintes categorias:

1. Categoria Lobinho, para crianças registradas na União dos Escoteiros do Brasil como Lobinhos ou Lobinhas;

2. Categoria Escoteiro, para jovens registrados na União dos Escoteiros do Brasil como Escoteiros ou Escoteiras;

3. Categoria Sênior, para jovens registrados na União dos Escoteiros do Brasil como Seniores ou Guias;

4. Categoria Pioneiro, para jovens registrados na União dos Escoteiros do Brasil como Pioneiros ou Pioneiras; e

5. Categoria Adulto, para adultos registrados na União dos Escoteiros do Brasil como Escotistas ou Dirigentes.
As fotografias podem ser coloridas ou em preto e branco, e devem ser enviadas em alta resolução, não ultrapassando o total de envio de 50 MB.
Os membros do Movimento Escoteiro fotografados deverão utilizar usar vestuário ou uniforme escoteiro, de acordo com as normas estabelecidas no documento POR.
Serão aceitas somente inscrições realizadas pelo link: http://escoteiros.org.br/concurso_de_fotografia/2015/
Onde: Em todo o Brasil

Quando: De 18 de junho a 23 de novembro

Inscrições: Somente pelo link divulgado
O resultado será divulgado até o dia 11 de dezembro de 2015.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMPLETA 25 ANOS




Foi comemorado no dia 13/07, 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma conquista histórica dos movimentos, organizações e entidades sociais em defesa da infância e adolescência. E por que comemorar o aniversário do ECA? Porque a história brasileira já nos mostrou que as crianças e adolescentes no Brasil, segundo sua classe social, sempre foram negligenciadas, excluídas e abandonadas, sem nenhum direito e sendo exploradas de todas as formas possíveis.

No Brasil Colônia, a livre arbítrio do julgador, o delito cometido por adolescentes poderia ser sentenciado com pena de morte. Durante a passagem ao período Imperial, as crianças escravizadas eram objeto de exploração dos senhores e de diversão dos seus filhos, e as crianças brancas empobrecidas, eram entregues a sua própria sorte. Com o objetivo de ocultar os filhos dados como “ilegítimos”, inicia-se o processo de “amparo” às crianças, ficando o cuidado à mercê da caridade e benemerência da igreja pela conhecida “Roda dos Expostos”, onde tais crianças eram “depositadas”.

No fim do século XIX e início do século XX, as crianças e adolescentes pobres (em situação de rua, abandonadas, etc.) eram vistas como um “problema social” potencialmente perigoso e, então, começaram a chamar a atenção do Estado. Criaram-se instituições para “menores” e, de forma higienista, a intenção era proteger a sociedade dos danos que essas crianças e adolescentes causavam (ou poderiam causar). Posteriormente, com o abominável Código de Menores, o Estado continuou a excluir, desproteger e estigmatizar as crianças e adolescentes, principalmente as empobrecidas, não reconhecendo seu papel protetivo, mas sim punitivo e repressivo.

Por meio de árduas lutas, com o processo de redemocratização do país e a conquista da Constituição Federal de 1988, é que o Estado assume seu papel e reconhece as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e, portanto, dignos de proteção integral. Desta forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente, promulgado em 13 de julho de 1990, é o instrumento que assegura esses direitos, sendo reconhecido mundialmente como uma das leis mais avançadas no que tange à infância e adolescência.

O ECA, além de assegurar que crianças e adolescentes não vivenciem o que historicamente já superamos, garantindo o direito ao desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social, cultural, entre outros; ao contrário do que uma onda reacionária possa tentar afirmar, traz também o tratamento adequado - considerando fase peculiar do seu desenvolvimento - para os que estão em conflito com a lei, prevendo sanções e o cumprimento de medidas socioeducativas em estabelecimentos criados para este fim.

Assim, a comemoração do ECA torna-se oportuna, visto que vivemos um momento de ataque conservador aos direitos das crianças e dos adolescentes, em que, por meio de um golpe, inicia o processo de desmonte do Estado com a aprovação parlamentar da redução da maioridade penal para 16 anos. Esse golpe, que colocou em risco nossas crianças e adolescentes, fez o Brasil retroceder ao desconsiderar toda a luta histórica e todo o aparato jurídico-social do Estatuto. Disseminando mentiras sobre os crimes cometidos por estes, uma vez que, segundo o Ministério da Justiça, apenas 1% dos crimes no Brasil são cometidos por adolescentes, ocultam a verdadeira história vivenciada por milhares de crianças e adolescentes: eles são as maiores vítimas de todo e qualquer crime, tendo seus direitos humanos violados cotidianamente com a pobreza, a fome, a falta de moradia digna, o descaso com a educação pública, a ausência de investimentos no esporte, lazer e cultura, com o sucateamento dos serviços de saúde, com o racismo escancarado da sociedade brasileira, entre outras violações de direitos.

É diante desse cenário que os Escoteiros do Brasil vêm reafirmar sua luta em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Somos um movimento educacional que, desde seu surgimento, busca dar ferramentas para que as crianças e jovens possam desenvolver suas potencialidades físicas, sociais, espirituais, intelectuais, afetivas e de caráter. Trabalhamos diariamente para que o Escotismo seja um espaço de formação de novos líderes, engajados com a sociedade e com autonomia para fazer suas escolhas.

Entendemos que nossas crianças, adolescentes e jovens devem ser protegidas pelo Estado, assim como pela família e sociedade. Desde a criação do Estatuto, importantes leis foram desenvolvidas para proteger nossos jovens. Hoje, como entidade que atua em prol da juventude, celebramos os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, na expectativa de acompanhar a evolução desse documento - que é forte referência no mundo - sem ter de passar por retrocessos.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

ESCOTEIRA CRIA PROJETO PARA ALIMENTAR MORADORES DE RUA


O “Aconchego no Prato” é um projeto idealizado pela acadêmica de Comunicação Social - Relações Públicas Laura Dürks Cassol. A ideia é distribuir sopa quente para os moradores e as moradoras de rua de Santa Maria, porque o inverno na cidade é rigoroso e há muitas pessoas em situação de rua que não têm o que comer para aquecer o corpo.

O projeto, cuja primeira ação acontece neste sábado (11), surgiu com a vontade de ajudar os outros. Laura até brinca que, se pudesse, viveria apenas de projetos sociais. A estudante conta que, em um sábado à noite que estava muito frio em Santa Maria, questionou-se: “eu tenho roupa quentinha e comida todos os dias, mas e quem não tem?”. Foi aí que a estudante começou a pensar em nomes e a organizar a ideia, mas foi com a ajuda de um amigo, o acadêmico de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda Cezar Augusto Barin, que a identidade visual e a a fanpage no Facebook foram criados para mobilizar a comunidade a fim de concretizar o “Aconchego no Prato”.

Laura conta que desde criança participa do Movimento Escoteiro, como quase todos na sua família. Por isso, a solidariedade e o pensar no próximo, bases do escotismo, sempre cresceram com ela. A estudante diz também que essa vontade de ajudar as pessoas não é novidade, mas, agora, teve maturidade para organizar o projeto e buscar apoio de amigos e amigas, da família e da comunidade santa-mariense.

Com a divulgação na página no Facebook e nos veículos de comunicação da cidade, a estudante conseguiu motivar muita gente. A mobilização para doações em dinheiro e de caixas de leite foi grande. Muitos voluntários recolheram caixinhas e separaram a quantia que puderam para colaborar com o projeto. Laura disse que vai realizar uma inscrição para os voluntários, estabelecer um número para não sobrecarregar nenhuma tarefa. Vale lembrar que as ações do projeto ocorrerão mais vezes. Então, quem quiser ainda pode colaborar.

A produção da sopa vai ser nesta sexta-feira (10) à noite no Grupo Escoteiro Henrique Dias. Eles disponibilizaram a cozinha, as panelas e muitos voluntários para ajudar a preparar e a distribuir. “Somos como uma família lá, todos querem ajudar e contribuir com o projeto. O apoio que recebi do grupo foi fundamental para eu continuar em frente com a minha ideia”, afirma.

A sopa quentinha de legumes será distribuída amanhã, sábado (11), a partir das 20h. Os pontos de distribuição são os seguintes locais: Gare da Estação, Parque Itaimbé, Praça dos Bombeiros, Calçadão, Praça Saldanha Marinho e EStação Rodoviária. A distribuição ocorrerá em equipes que serão divididas amanhã a partir da disponibilidade de cada um.

“A importância é de tu teres empatia de se colocar no lugar do outro, de pensares o porquê isso acontece, o que está errado, o porquê de faltar comida para as pessoas. Ajudar o próximo vai do pensar no sistema, na política e então se envolver, fazer as coisas mudarem. Eu quero deixar o mundo um lugar melhor do que eu encontrei e pra isso eu preciso me mexer, realizar ações e impactar para que a reflexão e a mudança aconteçam”, comenta a universitária

Sobre a reação dos familiares da jovem, ela diz que viram como uma iniciativa bonita, a apoiaram e a incentivaram muito. Laura completou “Sem o apoio dos meus amigos e da minha família acho que eu teria ficado no papel e teria medo de agir, mas com eles do meu lado eu sei que o projeto vai acontecer e vai ser lindo.”

Gostou da ideia? Ficou motivado a ajudar? Entre em contato com o projeto pelo e-mail:aconchegonoprato@gmail.com ou pela fanpage. Se quiser doar, os dados são: Caixa Federal; agência: 1366; operação: 001; conta: 23145-4; nome: Renata Leal Rossato.


Texto e foto: Sabrina Cáceres, acadêmica de Jornalista e estagiária da Agência de Notícias da UFSM